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By Ferramentas Blog

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Homofobia Internalizada Os Comportamentos Inter E Intrapessoais E As Conseqüências À Saúde Psíquica Dos Homossexuais





1. Introdução







O presente artigo descreve o estudo do fenômeno preconceito e descriminação, buscando um olhar referente á homossexualidade sob a perspectiva dos homossexuais, onde buscou identificar crenças e valores que eles pudessem ter a respeito de si e da homossexualidade, evidenciando as prerrogativas que levam ao condicionamento e a adoção da homofobia internalizada e os comportamentos prejudiciais para a saúde psíquica.


Muitos homens e mulheres homossexuais vêem-se confrontados com um conflito entre os seus sentimentos, valores e a norma social no que diz respeito à sexualidade, identidade é mais abrangente em relação à existência humana no seu todo.


A homofobia internalizada tal como foi definida por Meyer e Deon,( 1998) consiste na canalização para o self do próprio homossexual de todas as atitudes de valores negativos, levando à desvalorização desse self, resultando em conflitos internos e pouca auto-estima.


Pesquisas de opinião pública confirmam que de todas as minorias sociais “os homossexuais são as maiores vitimas do preconceito”, mais rejeitadas que os negros, judeus e mulheres.


Apesar da homofobia ser ainda pouquíssimo conhecido pelos brasileiros este fenômeno social perpassa todos os níveis de nossa cultura, da lingüística popular aos meios de comunicação e instituições sociais.


No Brasil a forma mais comum de ofender um homem é chamá-lo de homossexual – popularmente rotulado de “veado”. Nas ruas, escolas e locais de trabalho, quando se que agredir verbalmente um jovem ou adulto, o primeiro insulto que ocorre à lembrança dos brasileiros é veado.


São empregados no língua portuguesa mais de setenta sinônimos populares para designar pejorativamente o homossexual masculino, e uma vintena de étimos para o homossexual feminino.


Assim, perante a esta realidade silenciosa e que é contemporânea: a violência e o preconceito, onde envolve tanto os relacionamentos interpessoais quanto os intra, a cultura e a sociedade juntamente com as convenções estabelecidas criam estigmas cristalizados onde envolve os papeis a serem assumidos por indivíduos, que caberá para os homens um papel pré-determinado perante a sociedade e a mulher um outro, sem levar em conta outros determinantes que têm a ver com a percepção subjetiva, as cognições e as emoções de uma pessoa.


Desde há muito que os investigadores notaram que os comportamentos para a saúde diferem significativamente na sua complexidade entre grupos sociais. Determinantes sociais e demográficos, como o estatuto sócio – econômico ou o gênero sexual, devem ser tidos em conta.


Parece haver muitos indícios de que a existência de homofobia internalizada entre gays compromete algumas dimensões da saúde física e mental dos indivíduos.





2.Parte Teórica - Revisão Bibliográfica







Sabe-se que a prática homossexual existe há bastante tempo e em todo mundo. No entanto, nem sempre tal fenômeno foi tratado sob a ótica atual, onde as relações amorosas entre pessoas do mesmo sexo são discriminadas socialmente, instalando um novo contexto social referente à saúde psíquica dos homossexuais.


Para Foucault (1997²), na Grécia Antiga não existia “homossexualidade”, e sim sexo e prazer com homens e/ou mulheres – o gosto pelo belo independente do sexo. Ou seja, a categorização do homossexual ainda não existia. Em convergência com Foucault, Reich (1988) afirma que a vida sexual era dominada pelas leis de regulação natural, sendo estas, por sua vez, regidas pelo princípio do prazer e do desprazer. Posteriormente, Guillebaud, (1999) relata que o movimento de patologização do comportamento sexual do homossexual e a respectiva construção de uma “identidade” ou categoria homossexual veio a existir no século XIX, no apogeu do cientificismo normativo.


Mott (2001) parte da idéia de que a homossexualidade carrega em sua própria essência aspectos explosivos, representando uma verdadeira revolução dos costumes, na medida em que questiona, ameaça e pode destruir os mesmos alicerces em que se escoram a moral e a sexualidade na cultura Ocidental. Sendo assim, ele acredita que as raízes da homofobia se formaram a partir do medo de uma revolução homossexual, onde o preconceito homofóbico tinha como justificativa não somente o controle da naturalidade, mas a ameaça desestabilizadora representada pelos amantes do mesmo sexo, na medida em que importantes costumes tradicionais foram colocados à prova. As conseqüências disso seriam: o sexo desvinculado da procriação, a tentação da androginia e da unissexualidade e o questionamento da naturalidade da divisão sexual do trabalho e dos papéis de gênero.


Insultos, piadas, olhares reprovadores, agressão física e assassinato são práticas rotinizadas na ordem social contra gays, lésbicas, transexuais e travestis. Bento (2004) acredita que o discurso homofóbico pode ser definido como um esforço permanente do sistema em excluir da categoria humana qualquer prática que fuja dos imperativos da heterossexualidade.


O uso de termos ofensivos com relação aos indivíduos homossexuais também foi citado por Mott (2001) presente na fala de machistas homofóbicos, como, por exemplo: “Veado tem mais é que morrer”. Ou na própria fala de pais e mães: “Prefiro um filho ladrão que homossexual”; “Antes uma filha prostituta do que lésbica”. Para Mott (ibidem), o que acontece nos dias atuais é somente a reprodução de um mito velho, de quatro mil anos atrás, imposto aos nossos antepassados à custa de pedradas e da fogueira da Inquisição – mito cruel e pernicioso que hoje, na era dos computadores, urge que ceda lugar aos direitos humanos e à diversidade cultural.


Para Carneiro (2003), em seu artigo Palavras em jeito de medo: expressões lingüístico-identitárias da homofobia, a presença desses sentidos lingüísticos no dia-a-dia contribuiria para que gays e lésbicas acreditem que, efetivamente, são “bichos maus”, processo que habitualmente se conhece por homofobia internalizada. Gair (1995¹¹ apud MARVIN E MILLER, 2002) a define como um sentimento de vergonha não explorado, e, conseqüentemente, não resolvido em relação à própria sexualidade, que interfere no reconhecimento, na verbalização e na exploração da intimidade.


A existência do preconceito implica em uma vulnerabilidade dos sujeitos que se identificam como homossexuais, dificultando, assim, que tais sujeitos assumam a sua escolha homoafetiva em certos meios sociais. Esse preconceito sustenta a existência de locais próprios para a convivência de homossexuais, já que eles representam o diferente em relação à opção sexual, instituída como padrão (heterossexuais), permanecendo, então, à margem da sociedade (MANTEGA, 1979).


Os discursos e práticas homofóbicos se efetivam por toda parte, não havendo um lócus único, mapeável, para sua disseminação. Dentre eles, tem-se a escola que, juntamente com os livros, a mídia e muitos outros agentes, atuam de forma decisiva na formação sexual de crianças, jovens e adultos, transmitindo conceitos e idéias, tabus, preconceitos e estereótipos que vão se incorporando à educação sexual. Muitas mensagens que lhe são transmitidas podem não ser compreendida por completo, acarretando na construção de conceitos e explicações errôneas e fantasiosas sobre a sexualidade. Por sua vez, a criança recebe desde muito cedo uma qualificação ou “julgamento” do mundo adulto, na qual esta imersa, permeado de valores e crenças que são atribuídos à sua busca por prazer, o que comporá a sua vida psíquica (BRASIL, 1996).


Segundo Osório (1996), é no seio da família de hoje, e não fora dela, que a revolução dos costumes sexuais está a gestar um novo paradigma moral.


Perlin (1998) apresenta ainda os dados de que pais e mães desesperados transitam nos consultórios psicológicos e psiquiátricos na esperança de tratamento para seus filhos com preferências homoeróticas. Em diversas situações, a família é a primeira a dar o suporte emocional ao individuo; em casos de orientação homoafetiva, por vezes, a família é a primeira a se posicionar contra o sujeito.


Ao refletirem sobre seus aprendizados afetivos sob uma ótica tão depreciativa e patologizante, essas pessoas tendem a ter grande dificuldade em aceitar as próprias experiências (SANDERS, 2002). Muitas vezes, as pessoas são inclinadas a esconder a sua orientação sexual por temerem retaliações de qualquer tipo. Dessa forma, o preconceito, velado ou manifesto, se mostra também como uma forma de violência, pois ser obrigado a esconder os seus desejos é como encarcerar a própria subjetividade.


Os presentes autores contribuem para a construção do problema de pesquisa em questão, que traça um marco histórico acerca da visão social da homossexualidade e da formação do preconceito com relação a ela. Para tanto, como objetivos específicos do trabalho, foram abordados aspectos do histórico de vida dos indivíduos, como a descoberta da sua homossexualidade, a percepção da família sobre o sujeito e sobre a homossexualidade e quais as influências disso na visão que os sujeitos têm de si e da homossexualidade. A partir disso, pretendeu-se verificar as hipóteses de que muitos homens e mulheres homossexuais vêem-se confrontados com um conflito entre os seus sentimentos, valores e a norma social no que diz respeito à sexualidade, identidade é mais abrangente em relação à existência humana no seu todo.


A homofobia internalizada tal como foi definida por Meyer e Deon, (1998) consiste na canalização para o self do próprio homossexual de todas as atitudes de valores negativos, levando à desvalorização desse self, resultando em conflitos internos e pouca auto-estima.





3. METODOLOGIA







Serão entrevistados dez homens e dez mulheres homoafetivos entre vinte(20) e trinta(30) anos de idade, que serão encontrados à partir da rede social da pesquisadora.


Os dados foram coletados através de uma entrevista semi-estruturada feita com os sujeitos, que continha sete perguntas, além de informações especificas sobre dados pessoais, como sexo, idade, situação afetiva (casado/solteiro) e profissão, onde ocorrerá no próprio ambiente destes.


Inicialmente, eles serão consultados sobre o trabalha, sendo-lhes apresentado o termo de consentimento, que incluirá a descrição do estudo, dos benefícios e riscos, da liberdade de participação e interrupção do trabalho e dos critérios de divulgação e confidencialidade acerca das informações á serem transmitidas por eles. Somente após a aceitação da pesquisa e assinatura do termo de consentimento, a entrevista será realizada.


A entrevista será orientada por um roteiro semi-estruturado para coleta de dados.Será feita uma analise qualitativa do conteúdo dos discursos. Para procedimentos de análise será criado cinco grandes categorias, a parti das respostas mais freqüentes dos sujeitos, onde estará reunido aspectos específicos que envolvem a temática principal da pesquisa.




4. ANÁLISE E DISCURSÃO DOS RESULTADOS




De acordo com os resultados, a maioria (quatorze) dos entrevistados apresentou algum preconceito com relação à homossexualidade, por terem manifestado uma não aceitação ao descobrirem sua orientação homoafetiva. Cinco sujeitos declaram que tentaram fugir dos seus desejos e dois ainda sentem dificuldades para conviver com a sua opção sexual, sentimento este que pode indicar a existência de homofobia internalizada.


Neste ponto, o que mais ficou evidenciado foi que a culpa que eles declararam sentir, muitas vezes, estava ligada ao valor social atribuído à homossexualidade. Por exemplo, um dos sujeitos escutava comentários dos seus colegas, como “bichinha”, e cresceu acreditando que tinha um “problema”. Outro sujeito chocou-se ao descobrir-se homossexual por pensar que era pecado, “aquilo que Deus abominava”, evidenciando a forte influência dos valores da Igreja nas crenças pessoais. Apesar de alguns sujeitos terem demorado mais ou menos tempo para aceitarem a sua homossexualidade, o dado pode demonstrar que existe uma influência do meio social no significado que o indivíduo confere à sua orientação sexual.


Ainda sobre indicativos de preconceito/homofobia no sujeito, três deles revelaram que adotaram ou adotariam comportamentos heterossexuais para satisfazer as pressões sociais existentes. Como exemplo disso, tem-se a fala de um sujeito do sexo masculino: “Acabei namorando de fachada uma amiga da escola durante dois anos, que minha mãe conheceu. E quando vou ao interior, também fico com mulheres”. E também esta de um outro sujeito do sexo masculino: “Aceitaria me casar com uma mulher para construir uma família e viver dentro dos conformes sociais”. Sendo assim, pode-se inferir que tais indivíduos escondem-se por trás da aparência de heterossexuais, ainda por temerem serem descobertos e, conseqüentemente, discriminados. Evidenciando, assim os não prerrogativos que favorecem a identidade egodestônica com adoção a homofobia internalizada que resultará em prejuízos psicos e mentais ao indivíduo homoafetivo.


No que se refere à presença de fatores homofóbicos na família, houve um número maior de indícios em homens, acorrendo em todos (dez) os homens, e somente em oito mulheres, ou seja, ocorrência em dezoito dos vinte participantes. Tanto em homens quanto em mulheres surgiram aspectos como a não aceitação da homossexualidade por parte dos familiares, a preferência pela heterossexualidade por parte deles ou alguns membros familiares que desconheciam a opção sexual dos sujeitos.


Com relação às diferenças entre os discursos de homens e mulheres, foram encontradas poucas variações. Porém, viu-se que o número de homens (oito) foi superior ao das mulheres (seis) no que se refere aos indicativos de preconceito/homofobia no sujeito, tendo como divergências o fato de dois homens terem confessados não aceitarem a sua homossexualidade até hoje, e de um ter afirmado que não se contentaria se tivesse um filho homossexual, por ter nascido numa família machista. Essa pequena diferença entre homens e mulheres pode ser analisada como um reflexo ainda existente da cultura machista nos sujeitos homens.


Quanto às expectativas em relação á aceitação social, onze entrevistados apresentaram algum tipo de indicativo. Nove deles manifestaram receio de julgamento ou discriminação social, como um sujeito que declarou: “Comecei a entrar na Internet, onde poderia ser quem eu realmente era, sem bloqueios”. A existência de ciberespaços (comunidades virtuais específicas para homossexuais), criados a partir da existência do preconceito, nasce para suprir a necessidade de um espaço social onde o indivíduo possa se assumir e ser aceito (DUARTE E NUSSBAUMER, 2001).


Três participantes mencionaram frases que denotam algumas crenças a respeito da homossexualidade como, por exemplo: “o mundo homossexual é promíscuo”. É possível a existência da promiscuidade no mundo homossexual, porém a caráter da afirmação aponta para a idéia de uma generalização dos homossexuais. Outra passagem que se assemelha a esta ocorreu quando o sujeito declarou que sua mãe disse que homossexualidade “é coisa do diabo, descaração e que os homossexuais só querem putaria e se drogar”, refletindo também mais uma impressão (da família) a propósito desta. Além de estigmatizar novamente os homossexuais como promíscuos, tal fala evidencia uma tendência a vincular a homossexualidade a estereótipos negativos, como ao uso de drogas.


Outra crença acerca da homossexualidade surgiu numa afirmação, onde o sujeito diz que o aparecimento do estereótipo do gay afeminado é culpa dos próprios homossexuais, salientando um julgamento seu frente aos gays que possuem modos afeminados. Essa rejeição quanto ao comportamento afeminado do gay seria um exemplo de homofobia, já que representa um preconceito contra quem se mostra com características de outro gênero (WELZER-LANG, 2001).


Ainda a respeito das crenças que envolvem a homossexualidade, outro sujeito comentou que acha a “homossexualidade cada dia mais normal” (grifo meu). É possível verificar uma transformação positiva do sujeito com relação à homossexualidade, através da sua expressão. No entanto, tal declaração também pode demonstrar uma tendência a acreditar que o natural esteja relacionado à heterossexualidade, fazendo parte, portanto, de uma visão heterossexuada do mundo, representando também uma forma de discriminação (ibidem).


A respeito das hipóteses do trabalho e conforme tudo que foi discutido até então, pôde-se verificar a existência de preconceitos com relação à homossexualidade nos sujeitos, não ocorrendo em todos, mas em sua maioria. Quando à influência das crenças e valores da família sobre a forma como os homossexuais vêem a si próprio e a homossexualidade, também há uma confirmação visto que dos quatorze sujeitos que continham indicativos homofóbicos em suas falas, treze deles também apresentaram sinais de preconceitos por parte das suas famílias.


Foi possível constatar também a presença de um caráter homofóbico em seus discursos, proveniente não somente da sua própria família, mas da influência do meio social no qual o indivíduo está inserido. Isto porque, mesmo nos participantes cujas famílias não mencionavam nenhum tipo de preconceito, esses sujeitos possuíam discursos homofóbicos. Também, por todos os aspectos discutidos anteriormente, torna-se viável inferir que realmente existe a interferência dos pensamentos da família na construção dos valores e crenças do indivíduo.






5. CONSIDERAÇÕES FINAIS



De acordo com o que foi discutido, pôde-se verificar que há realmente preconceitos nos homossexuais, mesmo sendo eles alvos de discriminação. Apesar de fugir dos preconceitos provenientes dos heterossexuais e reivindicar direitos de igualdade e aceitação social, os próprios gays e lésbicas, em sua maioria, demonstram uma homofobia internalizada, o que os faz – ainda – demorar a aceitar sua opção homoafetiva, a estranhar sua condição de homossexual e a fugir dos seus desejos.


As idéias e valores da família, que são transmitidos aos seus membros desde a infância, também surgem como um fator fundamental na constituição das crenças pessoais de cada indivíduo. Foi possível perceber que, mesmo depois da passagem por um processo de aceitação da sua homossexualidade, os sujeitos ainda continham indícios de preconceitos, seja contra si mesmo, seja contra os outros tipos de homossexuais. Além disso, viu-se que a visão de mundo herdada da família pode prevalecer até mesmo nas relações futuras com os seus filhos. Ou seja, por nascer dentro de uma família com conceitos machistas e heterossexistas, o indivíduo também poderia encontrar dificuldades em aceitar um filho seu homossexual, mesmo sendo ele próprio um homossexual.


Quanto ao caráter social em questão, foi possível averiguar a sua importância na formação de preconceito e da homofobia, sendo eles conceitos elaborados histórico-socio-culturalmente, adquirindo novas formas de manifestação e perdurando até hoje. No decorrer do trabalho, viu-se que as imagens construídas sobre a homossexualidade são passadas, principalmente, através das palavras, onde as idéias tomam forma e tornam-se reais, a quem nelas acredita. Isso apareceu em muitos discursos dos homossexuais, que muitas vezes sentiam-se culpados por acreditarem em toda essa representação criada sobre a homossexualidade, chegando até mesmo a repetir tais julgamentos.


Os dados indicam que essa culpa gerada no sujeito tende a aprisionar suas vidas, restringindo seus comportamentos somente ao que é socialmente admissível, independentemente de suas vontades e desejos subjetivos desenvolvendo a identidade igodistônica. Como exemplos têm-se os comportamentos de alguns dos entrevistados, que agem como heterossexuais por receio de serem expostos julgados e segregados.


O que mais ficou evidenciado com este trabalho foi que o preconceito existe e que permanece até hoje, e que por trás da máscara de uma suposta aceitação está implícita uma falsa tolerância, pois igualdade de direitos implica em não precisar de permissão para viver.


É importante salientar que esta pesquisa foi balizada com apenas vinte sujeitos, restringindo as conclusões aqui presentes. Estudos futuros a propósito dessa temática, com uma amostra mais significativa, seriam favoráveis ao acréscimo de conteúdo a este enfoque. Temas como famílias de homossexuais, as diferenças entre gays e lésbicas na forma de encarar o preconceito e, também, nas diferenças de como o homossexual feminino e o masculino são encarados socialmente seriam sugestões de novas pesquisas que ajudariam a ampliar não somente a atual pesquisa, mas, também, outros tantos estudos a propósito do assunto.

ORGIA GOSTOSA...

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