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By Ferramentas Blog

sábado, 20 de fevereiro de 2010

HEPATITE C
















É uma inflamação do fígado provocada por um vírus, que quando crónica, pode conduzir à cirrose, insuficiência hepática e cancro. Durante vários anos foi conhecida sob a designação de hepatite não-A e não-B, até ser identificado, em 1989, o agente infeccioso que a provoca e se transmite, sobretudo, por via sanguínea. É conhecida como a epidemia «silenciosa» pela forma como tem aumentado o número de indivíduos com infecção crónica em todo o mundo e pelo facto de os infectados poderem não apresentar qualquer sintoma, durante dez ou 20 anos, e sentir-se de perfeita saúde.

Calcula-se que existam 170 milhões de portadores crónicos (cerca de três por cento da população mundial), dos quais nove milhões são europeus, o que faz com que o VHC seja um vírus muito mais comum que o VIH, responsável pela SIDA. Segundo a Organização Mundial de Saúde, é possível que surjam todos os anos três a quatro milhões de novos casos no planeta. A prevalência do vírus difere de acordo com a região geográfica; enquanto na Europa e na América do Norte os índices de contaminação rondam os dois por cento, em África, no Sudeste Asiático, no Pacífico Ocidental e no Leste do Mediterrâneo as taxas de prevalência são superiores.

No mundo ocidental, os toxicodependentes de drogas injectáveis e inaláveis e as pessoas que foram sujeitas a transfusões de sangue e derivados e/ou a cirurgias antes de 1992, são os principais atingidos. Com a descoberta do vírus da imunodeficiência humana ? responsável pela SIDA, na década de 80 do século passado, foram adoptadas novas medidas de prevenção e hoje, a possibilidade de contágio com o VHC, numa transfusão de sangue ou durante uma intervenção cirúrgica nos hospitais, é praticamente nula. Esta segurança não está ainda garantida em alguns centros médicos e hospitalares dos países em desenvolvimento.

Em Portugal, a hepatite C crónica é já uma das principais causas de cirrose e de carcinoma hepatocelular estimando-se que existam 150 mil infectados embora a grande maioria não esteja diagnosticada. De acordo com um estudo do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência, Portugal é um dos países europeus a apresentar as mais elevadas taxas de contaminação deste vírus, que atinge 60 a 80 por cento dos toxicodependentes.

Cerca de 20 a 30 por cento dos indivíduos infectados com o VHC recuperam espontaneamente após a infecção aguda pelo VHC, mas os restantes 70 a 80 por cento evoluem para a hepatite crónica e, muitas vezes, sem que se apercebam. Em 20 por cento dos doentes, a hepatite C crónica pode conduzir à cirrose e/ou ao cancro no fígado. Os especialistas ainda não chegaram a uma conclusão sobre as razões que levam alguns doentes a desenvolver uma cirrose em poucos anos, enquanto outros podem levar décadas. Entre as possíveis explicações está a idade em que a pessoa foi contaminada (quanto mais tarde, mais grave pode ser a evolução da infecção), as diferenças hormonais (é mais comum no sexo masculino) e o consumo de álcool (que estimula a multiplicação do vírus e diminui as defesas imunitárias).

Este tipo de hepatite só excepcionalmente se apresenta como hepatite fulminante.

O Vírus

O VHC pertence à família dos flaviviridae e o seu genoma é constituído por ARN. Encontra-se no indivíduo doente e tem um período de incubação que oscila entre os 40 e os 70 dias. Tal como o vírus da SIDA é capaz de se modificar e de se camuflar, o que dificulta uma resposta adequada do sistema imunitário.

Até agora foram identificados seis genótipos diferentes do VHC que, por sua vez, se dividem em subtipos. Os genótipos, ou estirpes, são identificados com os números de um a seis e os subtipos com letras.

O tipo de vírus mais frequente em Portugal é o 1b, responsável por cerca de metade das hepatites C e o que mais afecta as pessoas que foram contaminadas através de uma transfusão sanguínea. O genótipo 3a é comum nos toxicodependentes intravenosos que são normalmente doentes mais jovens e que adquiriram a infecção há menos tempo. Nos últimos 3-5 anos temos assistido a um aumento da frequência do genótipo 4 em Portugal e, nalgumas zonas atinge já os 10-12%. Os genótipos 5 e 6 são raros, encontrando-se mais frequentemente em África e na Ásia. Segundo alguns especialistas, é possível que numa mesma pessoa possam coexistir dois tipos diferentes do VHC. Estas diferenças nas populações de vírus dificultam a elaboração de uma vacina.

Quais são os sintomas?

Apenas 25 a 30 por cento dos infectados apresentam, na fase aguda, sintomas de doença que pode manifestar-se por queixas inespecíficas como letargia, mal-estar geral, febre, problemas de concentração; queixas gastrintestinais como perda de apetite, naúsea, intolerância ao álcool, dores na zona do fígado ou o sintoma mais específico que é a icterícia. Muitas vezes, os sintomas não são claros, podendo-se assemelhar aos de uma gripe. O portador crónico do vírus pode mesmo não ter qualquer sintoma, sentir-se saudável e, no entanto, estar a desenvolver uma cirrose ou um cancro hepático.

Transmissão

O Vírus da hepatite C transmite-se, principalmente, por via sanguínea, bastando uma pequena quantidade de sangue contaminado para transmiti-lo, se este entrar na corrente sanguínea de alguém através de um corte ou uma ferida, ou na partilha de seringas. A transmissão por via sexual é pouco frequente e o vírus não se propaga no convívio social ou na partilha de loiça e outros objectos. Apesar de o vírus já ter sido detectado na saliva, é pouco provável a transmissão através do beijo, a menos que existam feridas na boca.

O risco de uma mãe infectar o filho durante a gravidez ronda os seis por cento, contudo, ainda não se sabe se a infecção ocorre durante a gravidez ou no período peri-parto. A maior parte dos médicos considera a amamentação segura, já que, em teoria, o vírus só poderia ser transmitido se se juntassem duas situações: a existência de feridas nos mamilos da mãe e de cortes na boca da criança.

Por vezes, são detectados anticorpos nos filhos de mães portadoras, o que não significa que a criança esteja contaminada. Normalmente, os anticorpos acabam por desaparecer ao fim de 12 ou 18 meses, pelo que só depois desse período devem ser feitos testes para perceber se o bebé foi de facto, infectado.

Em cerca de um terço dos casos não é possível determinar a origem do contágio.

Como prevenir?

Na ausência de uma vacina contra a hepatite C, o melhor é optar pela prevenção, evitando, acima de tudo, o contacto com sangue contaminado. Alguns dos cuidados passam por não partilhar escovas de dentes, lâminas, tesouras ou outros objectos de uso pessoal, nem seringas e outros instrumentos usados na preparação e consumo de drogas injectáveis e inaláveis, desinfectar as feridas que possam ocorrer e cobri-las com pensos e ligaduras. Devem ser sempre usados preservativos nas relações sexuais quando existem múltiplos parceiros, mas, como a transmissão por via sexual é pouco frequente, o uso nas relações entre cônjuges habitualmente não se justifica.

Vacinação

Não existe vacina para a hepatite C

Tratamento

A hepatite C é considerada crónica quando a infecção permanece no organismo por mais de seis meses. Até há algum tempo, o tratamento para combater o vírus era feito com interferão alfa, mas actualmente faz-se um tratamento combinado, com peginterferão e ribavirina, que tem demonstrado melhores taxas de resposta e é melhor tolerado pelos doentes.

A eficácia do tratamento é, em termos globais, de cerca de sessenta por cento; isto é, mais de metade dos doentes deixam de ter o vírus no sangue quando se procede à sua determinação seis meses após a conclusão do tratamento. Mas a taxa de resposta não é igual para todos os genótipos, varia entre 45 e 55 por cento no genótipo 1 e ronda os oitenta por cento nos genótipos 2 e 3. Existe hoje um recuo de tempo suficientemente longo após o tratamento para se poder falar em cura da infecção nos doentes que obtêm resposta. A rediciva da infecção habitualmente ocorre nos seis meses imediatamente após a conclusão da terapêutica, sendo excepcional depois desse período.

Como todos os medicamentos,os fármacos usados no tratamento da hepatite C provocam efeitos secundários, sobre os quais os doentes devem esclarecer-se e aconselhar-se com o seu médico.

Grupos de risco

Os grupos de mais elevado risco são os toxicodependentes e ex-toxicodependentes que utilizam drogas injectáveis e inaláveis e pessoas que receberam transfusões de sangue ou que foram sujeitos a intervenções cirúrgicas antes de 1992.

Fonte: www.roche.pt

HEPATITE C

O vírus da hepatite C foi identificado pela primeira vez nos anos oitenta. Apesar de não estar associado a outros tipos de vírus da hepatite, ele poderá causar sintomas semelhantes. É transmitido principalmente através do contato sangüíneo, sendo que os grupos mais atingidos são os usuários de drogas injetáveis, e, aqueles que recebem sangue e produtos do sangue, como os hemofílicos. As pessoas destes grupos poderão também estar co-infectadas com HIV.

Há cada vez mais evidências de que a hepatite C pode ser transmitida sexualmente. Embora os mecanismos não estejam claros, supõe-se que o risco possa estar relacionado a práticas sexuais que envolvem contato com o sangue, principalmente com o ‘fisting’ [penetração no ânus ou na vagina com o punho] ou o ‘rimming’ [sexo oral no ânus] e com a penetração anal sem proteção. Pesquisas realizadas com casais heterossexuais têm demonstrado que o risco de transmissão pelo sexo é baixo.

Contudo, esta permanece uma área de controvérsias e as pesquisas estão em andamento. As pessoas infectadas com HIV e hepatite C podem estar mais propícias a transmitir a hepatite C pelo sexo, talvez porque elas freqüentemente têm uma maior quantidade do vírus em seus fluidos genitais do que as pessoas HIV - negativas.

As estimativas atuais são de que 10% das crianças nascidas de mães com hepatite C contrairão o vírus; e esta taxa, porém, aumenta para 25% no caso das mães serem também HIV – positivas.

Sintomas e Doença

Os sintomas da infecção pelo vírus da hepatite C variam, menos de 5% das pessoas que contraem o vírus desenvolvem os sintomas agudos da hepatite, como visão deformada, icterícia, diarréia e náusea no momento da infecção, e algumas pessoas não apresentam sintomas em nenhum estágio. Para aquelas que os apresentarem, os sintomas mais comuns são de cansaço extremo e depressão.

Não se sabe qual a proporção das pessoas com hepatite C que desenvolverá doença hepática. Um pequeno número de pessoas infectadas com hepatite C conseguirá se livrar da infecção.

Aproximadamente 85% das pessoas infectadas desenvolverão hepatite C crônica e contínua. Os padrões da progressão da doença parecem variar consideravelmente de pessoa para pessoa. Algumas pessoas talvez nunca apresentem sintomas, outras podem começar a sofrer cansaço extremo e náusea por dez a quinze anos após a infecção, enquanto que uma minoria significativa desenvolverá doença hepática grave. A variação na gravidade da hepatite C pode refletir diferenças entre os tipos de vírus da hepatite C. Outros fatores, como ser do sexo masculino, consumir bebidas alcoólicas, ter uma idade avançada e ser HIV – positivo também podem acelerar a progressão da hepatite C.

É sabido que em média as pessoas que têm somente hepatite C levam de 30 a 40 anos para desenvolver a cirrose.

Não está esclarecido o prognóstico das pessoas co-infectadas com HIV e hepatite C. Estudos recentes sugerem que o HIV pode causar danos ao fígado das pessoas co-infectadas, e essas poderão sofrer uma rápida progressão à AIDS.

Diagnóstico

Um exame de sangue para identificar anticorpos para hepatite C poderá revelar se você foi ou não exposto ao vírus, podendo ser usado o teste de carga viral para confirmar a infecção. Os exames das funções hepáticas podem dar alguma indicação se a hepatite C danificou seu fígado, mas isso só poderá ser propriamente demonstrado através de uma biópsia do fígado, na qual uma pequena amostra de tecido hepático é removida.

A infecção pelo HIV pode dificultar o diagnóstico da hepatite C, pois as pessoas HIV – positivas podem não revelar a infecção no teste dos anticorpos.

Tratamento

A recomendação atual é iniciar o tratamento para hepatite C somente se a função hepática estiver constantemente anormal. O objetivo do tratamento é normalizar as enzimas do fígado (um referencial da função hepática), diminuir a carga viral do vírus da hepatite C, melhorar a inflamação do fígado e prevenir a progressão para cirrose ou câncer.

O tratamento da hepatite C não dura toda a vida, mas geralmente de 24 a 48 semanas. Atualmente três drogas antivirais são aprovadas para tratar a hepatite C: interferon alfa (injetável), acompanhado ou não por um medicamento chamado ribavirina e uma nova fórmula de droga denominada interferon alfa peguilado que é administrada com a ribavirina. A Associação Britânica para o HIV recomenda que a hepatite C seja tratada com uma combinação de interferon alfa peguilado e ribavirina. Os efeitos colaterais podem ser graves, mas tendem a diminuir com a progressão do tratamento. Estes incluem febre alta, dor na articulação, depressão e baixa contagem dos leucócitos. A ribavirina não deve ser tomada simultaneamente com o AZT, e não deve ser administrada na gravidez.

Não se sabe a melhor forma de tratar pessoas infectadas pelo HIV e hepatite C. A maioria dos especialistas recomenda tratar primeiramente a infecção que possa representar risco de vida imediato, que na maior parte dos casos será o HIV. Contudo, o tratamento com alguns medicamentos anti-HIV, como por exemplo, com inibidores de protease, pode ser problemático para as pessoas com o fígado danificado, e requer um monitoramento muito cuidadoso. Há evidência de que a recuperação do sistema imunológico, observada em muitas terapias bem sucedidas para HIV, pode temporariamente aumentar o risco de dano no fígado das pessoas com hepatite C.

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