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sábado, 20 de fevereiro de 2010

garotos de programa, senhores do prazer








Por Aninha Camelo




RELAÇÃO PAGA DEVE SER

TOTALMENTE IMPESSOAL

É claro que não são somente as mulheres que ficam nas ruas quem fazem "programas" sexuais com os homens. Há também os garotos de programa, os homens que saem com mulheres e, ao que me parece, eles proliferam a cada dia que se passa, não apenas em outros países ou continentes , como acontecia antigamente, mas também aqui, no Brasil. Não é raro a gente notar que algum garotinho, de boa aparência, normalmente jovem e bem malhadão, olha pra uma coroinha checada com aquele olho de "quer transar?" Isso ocorre em toda parte, a qualquer hora do dia, com mulheres maduras que eles imaginam topam a parada e são financeiramente equilibradas. E esses jovens não são qualquer um não. Muitos deles são universitários, têm namoradas, já moraram em outros países, falam mais de dois idiomas e exercem diferentes atividades. Há anúncios deles publicados nos jornais e sites especializados nisso na internet. É tudo totalmente profissional, do mesmo jeitinho que acontece com o comércio do sexo feminino.



JOVENS APARECEM SE OFERECENDO PRA

PROGRAMAS NOS JORNAIS E NA INTERNET

Pois é, esses garotos são símbolo do êxtase e provocam curiosidade na cabecinha de milhares de mulheres mais resguardadas. Elas imaginam mil e uma coisas. Por que será que o homem, o "sexo forte" se submete a isso? O que falta na vida deles? Como é que mulheres, antes apontadas como "perfeitas para o amor", agora fazem sexo por sexo e até pagam pelos momentos de prazer? Como o progama com esses garotos é contratado? Como acontece o sexo pelo sexo entre homens jovens e mulheres maduras?

Hoje, posto texto abaixo, muitíssimo bem elaborado pelo Portal da Marie e Claire, falando justamente sobre este tema. O material está assinado no site da revista pela jornalista Marina Caruso, mas o conteúdo aqui publicado é apenas uma pequena parte da sensacional matéria que a edição feminina deste mês leva às bancas. Vejam que interessante. A jornalista tentou viver superficialmente a aventura de conhecer um garoto de programa para escrever sobre o assunto e relatou a experiência nas páginas da revista. Leiam com atenção para ter idéia de como é que se comportam os garotos de programa e porque, apesar de no Brasil ainda haver preconceito, algumas mulheres maduras e independentes contratam os serviços desses "senhores do prazer". Vamos lá.



ESSES HOMENS SOBREVIVEM

VENDENDO O CORPO

Diz o portal: Existem garotos de programa tão sofisticados quanto as meninas do Café Photo? Para responder a esta pergunta, a Revista Marie Claire sondou 12 acompanhantes de luxo e chegou àqueles que poderiam conduzir de uma festa black tie a uma transa inesquecível. A seguir, um manual de etiqueta do sexo pago e a história de dois cavalheiros que levam a vida vendendo prazer.



QUEM CONTRATA BANCA TODAS AS DESPESAS

Dou beijo na boca, faço sexo oral, mas não ejaculo", diz Alexandre. Na seção de classificados de um jornal paulista, ele se apresenta como "universitário, malhado, 20 cm de dote". Ao telefone, o garoto de programa diz que não goza "porque prejudica a performance dos próximos programas". É sério, de poucas palavras e tem leve sotaque nordestino. "Se quiser me conhecer, podemos tomar um café", diz. Agradeço o convite e pergunto se ele tem um site com fotos. A resposta é negativa, mas Alexandre promete enviar imagens por e-mail caso eu concorde em passar meu endereço eletrônico. Enquanto elaboro se é uma boa idéia, ele escorrega no português: "Se for pra mim (sic) ir até você, cobro o táxi". Era o que precisava ouvir para ter certeza de que aquele não era o cara certo para ilustrar a reportagem nem para me acompanhar ao aniversário de uma amiga, na semana seguinte, onde só haveria jornalistas. O evento seria uma forma de testar a capacidade de interação de um garoto de programa numa rodinha de jovens da classe média alta paulistana. Isso porque, se decidisse ir a fundo (fundo mesmo!) na busca pelo acompanhante ideal, eu, balzaquiana recém-casada, perderia não só o marido, mas o emprego. Já diz o ditado que onde se ganha o pão...




RELATO, NO YOUTUBE, DE

GAROTOS QUE VENDEM SEXO


Liguei para outros dez rapazes, e aqueles que não se recusaram a ir à festa por preferirem programas fechados, simplesmente não preenchiam os pré-requisitos (ser bonito, ter bom papo, dominar o português e falar, pelo menos, uma outra língua). Resolvi escrever para amigas e para amigas de amigas e, depois de uns 30 e-mails, cheguei onde queria: Rodrigo Boht, 29 anos, "moreno, malhado, bem dotado, atendimento em flat de luxo" e Gustavo Prete, 21, "loiro de olhos verdes, modelo". Ambos, de arrepiar.



ELES ESTABELECEM LIMITES DE SAÍDA

COM CLIENTE PARA QUE NÃO SE APAIXONEM

Além de corpos perfeitos, os dois têm nível universitário, falam inglês e espanhol fluentes, moraram um ano na Europa, conversam sem dar bandeira que são profissionais do sexo e dividem um flat - superfofo! - numa área nobre do bairro de Moema, em São Paulo. Ambos afirmam preferir a clientela feminina, mas dizem que também atendem homens e casais, já que, nesse ramo, quanto maior a diversidade, maior o saldo na conta bancária no fim do mês. "Quando começamos, há dois anos, pensei que atenderia só mulheres, mas, aos poucos, vimos que, no Brasil, quem se recusa a sair com homens morre de fome", diz Rodrigo. "Ao contrário do que rola na Espanha, aqui, as mulheres são muito conservadoras. Têm vergonha de pagar por sexo."

Desde que voltaram da Europa, no ano, os dois têm feito entre 3 e 4 mil reais por mês, valor que só atingem por toparem todo tipo de programa. Inclusive, mais de um por dia. Nesse caso, ou quando os clientes não são exatamente estimulantes, recorrem à ajudinha do Viagra. "Ao perceber que precisamos de ajuda, mastigamos meio comprimido. O gosto é ruim, mas em 15 minutos a ereção aparece."



GAROTO DE PROGRAMA NORUEGUÊS

Os dois vendiam tênis em uma loja de calçados e recebiam 900 reais por mês. Como a grana era curta, muda-ram-se para uma casa maior e mais barata, para dividir as despesas com outras duas meninas que conheceram por intermédio de uma amiga. Em alguns meses, elas confessaram ser garotas de programa e, pouco tempo depois, uma delas embarcou para a Europa. O enredo fascinou os jovens, que acabaram montando uma página na internet e partiram para o mesmo trabalho. Na web, Rodrigo e Gustavo são Renan e Thiago, "para evitar o preconceito das ruas".



DURANTE ESSE TIPO DE ENCONTRO,

NINGUÉM É DE NINGUÉM

Na cama, juram adotar o nome "que a cliente preferir". E , em Marie Claire, são autores de várias dicas que compõem o manual de instruções a seguir de como chegar ao cara certo.

Classificados- Embora não tragam fotos dos rapazes, os classificados de jornal são uma boa forma de começar a busca, pois exigem que os anunciantes tenham cadastro com CPF, RG e telefone. O local onde os anúncios são publicados muda de acordo com o caderno de classificados de cada veículo.

Internet- Não se assuste, pois muitos dos sites de acompanhantes masculinos são voltados para clientes homens. É comum que os garotos se descrevam como bissexuais e mostrem fotos do pênis em ereção. Ao acessar a página do garoto que você contatou - a partir do jornal ou dando uma busca geral no Google -, fique atenta ao texto que o rapaz apresenta. Se ele tiver um português correto e descrever atributos como nível universitário, inglês fluente e disponibilidade para viajar, as chances de ser um cara mais sofisticado são maiores. As fotos também podem enganar: cuidado com aquelas superproduzidas que maquiam (ou não mostram) o rosto do garoto. As caseiras tendem a ser mais fiéis à realidade.

Telefone- Se você gostar do site do rapaz, aprovar o texto que ele apresenta e curtir as fotos que viu, o passo seguinte será uma longa entrevista por telefone. Ligue quantas vezes achar necessário para se sentir segura, pois eles estão acostumados a isso. Pergunte quanto ele cobra por programa, qual a duração, se isso inclui beijo e sexo oral e se o pagamento deve ser feito adiantado. Combine também um valor, caso, na hora, você não goste dele ou decida mudar de ideia. Muitos entendem e aceitam que a cliente pague só o táxi. Outros exigem, pelo menos, metade do valor do programa.

Tabela de preços

Programa de uma hora (beijo, sexo oral, penetração) 150
Programa de uma hora com ejaculação 250
Programa de duas horas (beijo, sexo oral, penetração) 200
Programa de duas horas com ejaculação 300
Horas adicionais aos programas 100
Jantar de duas horas (com ou sem sexo) 350
Noite completa das 22 h às 6 h (sem sexo) 400 (+ entrada da festa)
Noite completa das 22 h às 6 h (com sexo) 600 (+ entrada da festa)
Viagem (dois dias) 1000
*A esses valores soma-se o táxi (ida e volta) dos garotos até o local do encontro.

Ao contratar um garoto você tem que: Escolher um local neutro, como um motel ou hotel, pagar o deslocamento (ida e volta de táxi) da casa do garoto até o local do programa, saber que não gostar do sujeito faz parte do jogo e é seu direito "devolvê-lo", estar preparada para que ele não goze, pis querem garantir a transa seguinte.

Não pode: Exigir que ele saia com você mais de três ou quatro vezes. Os garotos têm um limite de saída com clientes para evitar que elas se apaixonem.I r ao encontro usando joias, fornecer dados bancários ou tomar uma bebida desconhecida. O "boa noite, Cinderela" (golpe em que a vítima é dopada e, depois, assaltada), antes restrito ao universo gay, é cada vez mais comum entre as mulheres. Achar que michês de rua e acompanhantes de luxo são iguais. Os primeiros atendem basicamente gays e podem não ter instrução para acompanhá-la num evento chique.Pensar que sair com o cara e não transar é mais barato que o programa com sexo. Transar pode ser um problema pra você, mas não para eles. Por isso, cobra-se por hora. A matéria sobre garotos de programa, na íntegra, está na revista Marie e Claire deste mês, que você pode encontrar na banca mais próxima de sua casa.

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