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Cerca de um terço das 1,6 milhão de pessoas infectadas pelo vírus HIV da Aids na América Latina vive no Brasil, onde as relações homossexuais não protegidas são a causa de metade das infecções, segundo o relatório anual da ONUAids publicado ontem. São 620 mil indivíduos infectados vivendo no Brasil, segundo estimativas que datam de 2005, segundo o Programa das Nações Unidas de luta contra a Aids.
A organização também indica que a epidemia de HIV na América Latina se mantém estável, mas destaca que a transmissão do vírus segue afetando nesta região as populações mais expostas devido a comportamentos de risco como a prostituição e as relações homossexuais não protegidas. A sexualidade não protegida é responsável por cerca da metade de todas as infecções do HIV transmitido sexualmente no Brasil, ressaltou a ONUAids.
Trata se também de um importante fator de propagação da epidemia na Bolívia, Chile, Equador e Peru, assim como em vários países da América Central como El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua e Panamá. No ano passado, quase 58.000 pessoas morreram de Aids na América Latina.
No mundo, o vírus da Aids infectou 2,5 milhões de pessoas neste ano, aumentando para 33,2 milhões o número de soropositivos no planeta. Ao mesmo tempo, após uma revisão das estatísticas, o órgão reduziu em quase 7 milhões o número de portadores do vírus no ano passado. Segundo o ONUAids, 32,7 milhões de pessoas tinham o vírus em 2006, contra 39,5 milhões no relatório anterior.
A revisão se deve a uma mudança nos cálculos, que pesou mais nas novas estimativas sobre a Índia e cinco países da África (Angola, Quênia, Moçambique, Nigéria e Zimbábue). As novas estimativas não mudam nada na necessidade de uma ação imediata e o financiamento crescente para avançar no acesso universal à prevenção, no tratamento e nos cuidados, segundo o órgão.
A generalização dos medicamentos antiretrovirais reduziu o número de mortos nos últimos dois anos. Mas, na África, onde a maioria dos doentes não recebe tratamento, a Aids continua sendo a primeira causa de morte. A África Subsaariana concentra dois terços dos novos casos de Aids, apesar de seu número ter caído de 2,2 milhões em 2001 para 1,7 milhão neste ano.
A notícia ruim ficou para a região Leste da Europa Ásia central, onde o número de soropositivos aumentou 150% entre 2001 e 2007, com um percentual de 0,9% agora, contra 0,3% na Europa Ocidental e central.
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