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sábado, 20 de fevereiro de 2010
Brasil tem um terço dos aidéticos da América Latina
Cerca de um terço das 1,6 milhão de pessoas infectadas pelo vírus HIV da Aids na América Latina vive no Brasil, onde as relações homossexuais não protegidas são a causa de metade das infecções, segundo o relatório anual da ONUAids publicado ontem. São 620 mil indivíduos infectados vivendo no Brasil, segundo estimativas que datam de 2005, segundo o Programa das Nações Unidas de luta contra a Aids.
A organização também indica que a epidemia de HIV na América Latina se mantém estável, mas destaca que a transmissão do vírus segue afetando nesta região as populações mais expostas devido a comportamentos de risco como a prostituição e as relações homossexuais não protegidas. A sexualidade não protegida é responsável por cerca da metade de todas as infecções do HIV transmitido sexualmente no Brasil, ressaltou a ONUAids.
Trata se também de um importante fator de propagação da epidemia na Bolívia, Chile, Equador e Peru, assim como em vários países da América Central como El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua e Panamá. No ano passado, quase 58.000 pessoas morreram de Aids na América Latina.
No mundo, o vírus da Aids infectou 2,5 milhões de pessoas neste ano, aumentando para 33,2 milhões o número de soropositivos no planeta. Ao mesmo tempo, após uma revisão das estatísticas, o órgão reduziu em quase 7 milhões o número de portadores do vírus no ano passado. Segundo o ONUAids, 32,7 milhões de pessoas tinham o vírus em 2006, contra 39,5 milhões no relatório anterior.
A revisão se deve a uma mudança nos cálculos, que pesou mais nas novas estimativas sobre a Índia e cinco países da África (Angola, Quênia, Moçambique, Nigéria e Zimbábue). As novas estimativas não mudam nada na necessidade de uma ação imediata e o financiamento crescente para avançar no acesso universal à prevenção, no tratamento e nos cuidados, segundo o órgão.
A generalização dos medicamentos antiretrovirais reduziu o número de mortos nos últimos dois anos. Mas, na África, onde a maioria dos doentes não recebe tratamento, a Aids continua sendo a primeira causa de morte. A África Subsaariana concentra dois terços dos novos casos de Aids, apesar de seu número ter caído de 2,2 milhões em 2001 para 1,7 milhão neste ano.
A notícia ruim ficou para a região Leste da Europa Ásia central, onde o número de soropositivos aumentou 150% entre 2001 e 2007, com um percentual de 0,9% agora, contra 0,3% na Europa Ocidental e central.
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