De acordo com Iraci Silva, gerente da DST/HIV/Aids, da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), os 180 mil comprimidos são suficientes para atender a demanda do mês de maio.
Mas, como as últimas remessas enviadas pelo Ministério da Saúde foram reduzidas, o estoque estratégico do medicamento ainda não está completo.
— Trabalhamos sempre com uma quantidade suficiente para atender os pacientes durante dois meses. Isso é importante porque temos pacientes novos e outros que trocam de medicamento. Mas já estamos mais aliviados. Acredito que aos poucos vamos conseguir normalizar nosso estoque e a distribuição — explica Iraci.
Os comprimidos já foram enviados para as 48 Unidades Dispensadoras de Medicamentos (UDM) do Estado e todos os pacientes que utilizam os remédios serão avisados. Cerca de 11 mil pessoas utilizam os antirretrovirais em Santa Catarina.
Durante este período de abastecimento irregular e falta de medicamentos, muitos pacientes foram orientados pelos seus médicos a trocar os remédios, que são compostos por três ou quatro componentes distintos.
O infectologista Luiz Escada explica que a troca de qualquer medicamento sempre exige uma adaptação, que pode ser simples ou complexa e isso depende do paciente. Segundo ele, todo remédio pode culminar em efeitos adversos, como náuseas e diarréias.
— É claro que não é uma coisa agradável, mas a gente sempre consegue compor um esquema alternativo. O maior problema nestes casos é o estresse enfrentado pelos pacientes que acabam ficando preocupados com novas ocorrências de desabastecimento — esclarece.
O infectologista também conta que os antirretrovirais não são encontrados nas farmácias. É preciso encomendar em importadoras ou comprar em farmácias online. Além disso, o medicamento é muito caro e pode custar, em média, R$ 1 mil o tratamento mensal.
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