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domingo, 16 de maio de 2010

Pai é o último a saber que filho é homossexual



Estudo pioneiro revela que homossexuais assumem mais depressa a sua condição perante colegas de trabalho do que perante o progenitor

NUNO MIGUEL ROPIO
Um homossexual assume a sua orientação sexual mais facilmente a colegas de trabalho ou a estranhos do que ao pai. Esta é uma das conclusões do primeiro grande estudo nacional sobre a população lésbica, gay, bissexual e transgénero, a ser apresentado hoje, segunda-feira.



Elaborado por uma equipa da Escola de Psicologia da Universidade do Minho, com o apoio da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, o documento traça um retrato até agora inexistente da imagem social de lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros (LGBT) portugueses ou de realidades específicas desta população, como a violência entre casais do mesmo sexo.

De Março a Setembro de 2009, 2470 pessoas responderam a uma bateria de questões que iam desde o casamento homossexual até às instituições públicas e privadas junto das quais existe uma percepção de discriminação. A amostra dividiu-se entre 1498 heterossexuais e 972 LGBT.

Insultados três ou mais vezes

"Localizamos na literatura internacional sobre o tema uma série de escalas que tentaram medir o grau de transfobia e homofobia das pessoas, tentando obter as ideias das pessoas heterossexuais em relação à forma como vêem os LGBT. Mas também escalas com as quais se tentou mapear a população LGBT", explicou, ao JN, João Manuel Oliveira, um dos responsáveis pelo estudo [ler detalhes na caixa em cima] que será apresentado hoje - Dia Internacional da Luta Contra a Homofobia -, no Centro de Informação Urbana de Lisboa.

Segundo este psicólogo social, muitos poucos entrevistados LGBT admitiram ter sido alvo de violência física. "Mas é importante realçar a questão do insulto. Destes 972 respondentes, todos, em média, já sofreram três ou mais vezes insultos pela sua orientação sexual e identidade de género", traduz o investigador.

A religião, as forças de segurança ou o local de trabalho foram assinalados como os locais e instituições onde a discriminação é mais acentuada. Sendo que no Porto, em Lisboa e na região Sul parece haver maior abertura para falar sobre sexualidade, contrariamente ao Norte e Centro do país.

É na escala de abertura quanto à orientação sexual que os antigos e novos amigos heterossexuais, os irmãos, a mãe e os colegas de trabalho assumem papéis destacados. Perante uma escala de 11 variáveis relacionadas com as pessoas que conhecem a orientação sexual do entrevistado , a opção "progenitor" foi das menos escolhidas. Para os entrevistados, a dificuldade em assumir a sua orientação sexual a estranhos é menor do que ao pai.

Entre os heterossexuais, foram as mulheres que apresentaram atitudes mais positivas em relação ao casamento de pessoas do mesmo sexo. Com uma particularidade: quanto mais à Esquerda se situa o inquirido, maior o índice de concordância.

Transexuais, ciganos, gays, mulheres negras e lésbicas - os bissexuais ficaram pelo meio da tabela, tanto quando as mulheres brasileiras - foram reconhecidos como os mais discriminados. "É a repulsa face a travestis e transexuais que as políticas de combate à discriminação têm de passar a ter em conta. Esta população precisa de um estudo, de um trabalho antropológico", frisa João Manuel Oliveira.

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