Grupos de evangelistas americanos contribuem para fomentar a homofobia nos países africanos, segundo religiosos de outras denominações cristãs.
O reverendo Kapya Kaoma, um anglicano da Zâmbia que dirige o projeto da fundação progressista americana "Political Reseach Associates", denunciou hoje ao jornal britânicoThe Times.
Após entrevistar durante 16 meses dezenas de pessoas em Uganda, Quênia e Nigéria, o sacerdote concluiu que a intolerância dos africanos aos gays é em parte importada dos Estados Unidos.
"Com ajuda de suas amplas redes de comunicações na África, os projetos de bem-estar social, as escolas bíblicas e os professores, os conservadores americanos advertem dos riscos que representam os homossexuais e se apresentam como representantes do evangelismo desse país", assinala Kaoma em seu relatório.
"Não discutimos o fato de que parte do dinheiro enviado à África (os evangelistas) tenha fins louváveis, mas nos preocupa o doutrinamento de uma ideologia conservadora dos que recebem essas ajudas", declarou o sacerdote anglicano ao jornal The Times.
O resultado pode ser visto, por exemplo, no Malauí, onde nesta semana um casal foi condenado a 14 anos de prisão e trabalhos forçados, e em outros países do continente, onde gays e lésbicas estão cada vez mais expostos a ira popular.
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