Só há um problema filosófico verdadeiramente sério: o suicídio. Julgar se avida merece ou não ser vivida é responder umaquestão fundamental da filosofia. O resto, se o mundo tem três dimensões, se o espírito tem nove ou doze categorias, vem depois. Trata-se de jogos; é preciso primeiro responder. E se é verdade, como quer Nietzsche, que um filósofo, para ser estimado, deve pregar com o seu exemplo, percebe-se a importância dessa reposta, porque ela vai anteceder o gesto definitivo. São evidências sensíveis ao coração, mas é preciso ir mais fundo até torná-las claras para o espírito. Se eu me pergunto por que julgo que tal questão é mais premente que tal outra, respondo que é pelas ações a que ela se compromete. Nunca vi
ninguém morrer por causa do argumento ontológico. Galileu, que sustentava uma verdade científica importante, abjurou dela com a maior tranqüilidade assim que viu sua vida em perigo. Em certo sentido, fez bem. Essa verdade não valia o risco da fogueira. Qual deles, a Terra ou o Sol gira em redor do outro, é-nos profundamente indiferente. ( O Mito de Sísifo )
Apesar de ser professor há tanto tempo, eu precisava concluir meu estágio numa escola estadual para poder cumprir as exigências da licenciatura em Filosofia. Na última sexta-feira, consegui completar esta etapa. A disciplina continua até dezembro, mas o estágio já foi encerrado. Ufa! É cansativo ter mais este compromisso, além de todos o que eu já tenho.
A professora Márcia, minha orientadora no estágio, também formou-se em Filosofia pela UERJ. Ela é uma pessoa muito atenciosa e muito inteligente. Mas o que me chamou a atenção foi que ela estava profundamente impressionada com uma situação com a qual ela deparou-se naquela semana.
Márcia ia fazer uma prova na UERJ por causa de outro curso que ela está fazendo. Ao chegar ao prédio da universidade, ela deu de cara com um corpo estirado no chão. Uma jovem havia pulado do décimo-segundo andar do prédio. O suicídio não é novidade no complexo da UERJ. Muitas pessoas já entraram no prédio só para pular para a morte. Raríssimos são os casos de alunos da própria faculdade. As pessoas que vão até ali não fazem parte da comunidade universitária. Não que os alunos não tenham alguns bons motivos para pular…
Márcia perguntou-me: O que você acha que leva uma pessoa a se matar? Loucura?
Eu respondi: Não. Não acho que seja loucura suicidar-se. Pode ser até muito racional matar-se. A questão sobre a se a vida vale a pena é muito pertinente. E se a resposta for que não vale a pena sofrer em vão, o suicídio pode ser a decisão mais lógica.
Ela respondeu: É verdade. Pode ser um excesso de racionalidade.
Bem, fui atrás de algo interessante sobre o assunto. Achei Alberto Camus, filósofo que levantou a mesma questão, e fiquei surpreso que minha limitada inteligência tenha alcançado um pensamento semelhante ao dele. E a questão não é nada despropositada, pois segundo a Wikipedia, 815.000 pessoas cometeram suicídio só no ano 2000 - uma morte a cada 40 segundos.
Um livro que trouxe enorme contribuição para o campo da reflexão sobre o suicídio foi o livro do sociólogo francês Émile Durkheim. O Suicídio publicado em 1987, foi um estudo de caso de um suicídio, uma publicação única em sua época que trouxe um exemplo de como uma monografia sociológica deveria ser escrita.
Todos os grupos sociais registram suicídios em alguma medida. Durkheim diferenciou quatro tipos de suicídio:
- Émile Durkheim
Suicídio egoísta
O egoísmo é um estado onde os laços entre o indivíduo e os outros na sociedade são fracos. Uma vez que o indivíduo está fracamente ligado à sociedade, terminar sua vida terá pouco impacto no resto da sociedade. Em outras palavras, existem poucos laços sociais para impedir que o indivíduo se mate. Esta foi a causa vista por Durkheim entre divorciados.
Suicídio altruísta
O altruísmo é o oposto do egoísmo, onde um indivíduo está extremamente ligado à sociedade, de forma que não tem vida própria. Indivíduos que cometem suicídio baseado no altruísmo morrem porque acreditam que sua morte pode trazer uma espécie de benefício para a sociedade. Em outras palavras, quando um indivíduo está tão fortemente ligado à sociedade, ele cometerá suicídio independentemente de sua própria hesitação se as normas da sociedade o levarem a tal.
Durkheim viu isto ocorrer de duas formas diferentes: onde indivíduos se vêem sem importância ou oprimidos pela sociedade e preferem cometer suicídio. Ele viu isto acontecer em sociedades “primitivas” ou “antigas”, mas também em regimentos militares muito tradicionais, como guardas imperiais ou de elite, na sociedade contemporânea; onde indivíduos vêem o mundo social sem importância e sacrificariam a si próprios por um grande ideal. Durkheim viu isto acontecer em religiões orientais, como o Sati no Hinduísmo. Alguns sociologistas contemporâneos têm usado esta análise para explicar os kamikazes e os homens-bomba.
Suicídio por anomia
A anomia é um estado onde existe uma fraca regulação social entre as normas da sociedade e o indivíduo, mais freqüentemente trazidas por mudanças dramáticas nas circunstâncias econômicas e/ou sociais. Este tipo de suicídio acontece quando as normas sociais e leis que governam a sociedade não correspondem com os objetivos de vida do indivíduo. Uma vez que o indivíduo não se identifica com as normas da sociedade, o suicídio passa a ser uma alternativa de escape. Durkheim viu esta explicação para os suicidas protestantes.
Suicídio fatalista
O fatalismo é o estado oposto à anomia, onde a regulação social é completamente instilada no indivíduo; não há esperança de mudança contra a disciplina opressiva da sociedade. A única forma do indivíduo ficar livre de tal estado é cometer suicídio. Durkheim viu esta razão nos escravos que cometeram suicídio na antigüidade, mas viu uma relevância mínima na sociedade moderna.
FRANÇA: Gays e bissexuais estão mais expostos ao suicídio
Segunda-feira, 7 Março 2005
Estudo divulgado pelo jornal francês Libération nesta sexta-feira, 4/3, revelou que gays e bissexuais estão mais expostos a cometer uma tentativa de suicídio que os heterossexuais. O estudo, realizado na França entre 1998 e 2003, revela que um de cada três indivíduos que comete uma tentativa de suicídio é homossexual ou bissexual. De acordo com a pesquisa, eles também mal se protegem nas relações sexuais com parceiros desconhecidos. Segundo Marc Shelly, médico de saúde pública do Hospital Fernad-Vidal de Paris e um dos autores do estudo, a tendência ao suicídio neste setor da população não está vinculada a fatores geográficos, sócio-profissionais ou ao fato de viverem sós ou em família, mas a fatores psicossociais, como “a homofobia que provoca uma péssima estima pessoal”. Na opinião do porta-voz da federação francesa de centros de gays e lésbicas (CGL), David Auerbach, “o relatório confirma o que vivemos a cada dia”. “Se extrapolarmos os resultados, podemos considerar que a metade dos jovens suicidas são homossexuais ou questionam sua orientação sexual”, acrescenta. Segundo Auerbach, “o suicídio não está vinculado à homossexualidade, mas à homofobia e é preciso fazer campanhas de prevenção”. O estudo, realizado com 933 homens entre 16 e 39 anos, foi elaborado por pesquisadores independentes franceses sob a supervisão do Instituto Nacional da Saúde e da Investigação Médica (INSERM).
O corpo que Márcia viu estirado na UERJ esta semana não é o único de que tomei conhecimento. No semestre passado outro caso chamou-me a atenção. Foi o caso de um rapaz que teve uma decepção amorosa com outro. Parece que ele não conseguia suportar o final do relacionamento e decidiu jogar-se. Morreu, logicamente. Fiquei pensando em como a perda de alguém que a gente ama pode traduzir-se em final para muitos de nós, independentemente da orientação sexual.
O fato de alguém não ter se suicidado ainda não significa que esteja confortável com a própria vida. Muita gente não se sente à vontade nem com a vida e nem com a morte. Como diz Emil Cioran: A obsessão pelo suicídio é própria de quem não pode viver, nem morrer, e cuja atenção nunca se afasta dessa dupla impossibilidade.
Eu, particularmente, acredito que viver dispense qualquer justificativa. Não preciso de razões pós-mundanas, nem moralistas, nem românticas, ou de qualquer outra ordem para querer viver. O mesmo valeria para a morte. Nada me impediria de querer morrer, exceto o fato de que, neste momento, sinto-me muito bem vivendo! Não posso descartar o fato de que ter filhos também me motive a levar a vida de um jeito diferente do que levaria se não os tivesse. Se não tivesse filhos, poderia correr mais riscos financeiros, por exemplo. Estar desempregado num momento e empregado em outro não faria muita diferença. Viver no Rio de Janeiro ou enfiar-me no meio do mato e comer da pesca e da caça também não faria a menor diferença. Mas, como tenho responsabilidades para com eles, fico mais retido em algumas das minhas aventuras em potencial.
E, como gosto de viver (a maior parte do tempo!!!), procuro ser feliz o máximo que eu possa. Esta felicidade não depende de coisas extraordinárias. Ela se atém a coisas bem quotidianas quase o tempo todo. Agora, sinceramente, não sei se eu insistiria em viver se a vida fosse somente dor. Por isso, jamais condenaria aqueles que decidem interrompê-la quando ela não faz mais sentido ou é somente sofrimento. Acredito que seja um direito de qualquer indivíduo a escolha entre continuar vivo ou morrer. Aliás, só o indivíduo tem direito de decidir sobre viver ou morrer. Tudo o mais é homicídio e, a meu ver, é ilegítimo. Não sei como a sociedade, de um modo geral, pode ser tão avessa ao suícido e encarar com certa naturalidade a cadeira elétrica, a câmara de gás, o enforcamento, o pelotão de fuzilamento, a guerra, etc.
Talvez uma boa receita para sofrer menos seja lembrar menos. Ter pouca memória para o que nos fez ou faz sofrer evita o ressentimento. E tem ainda o outro lado dessa mesma moeda. Veja o que diz Nietzsche: A vantagem de ter péssima memória é divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira vez.
Viver sem esperanças excessivas e sem medos infundados. Eis a melhor receita para a paz pessoal!
E banana pra quem se ressentir da felicidade alheia!!!!
- E banana pra quem se ressentir da felicidade alheia!!!!
- Suicide: A barely-spoken third leading cause of death in the world - by Albert Camus
Posted on 16. Jul, 2009 by Anderson in serious Papo
There is only one truly serious philosophical problem: suicide. Judging whether or not avida deserves to be lived is to answer umaquestão fundamental philosophy. The rest if the world has three dimensions, if the mind has nine or twelve categories, comes later. These are games, you must first answer. If it is true, whatever Nietzsche, a philosopher, to be cherished, must preach by their example, we see the importance of this response, because it will precede the final act.The evidence sensitive heart, but we must dig deeper to make it clear to the spirit. If I ask myself why I believe that this question is more urgent than this one, I reply that it is the actions that it undertakes. Never seen
Albert Camus
anyone die for the ontological argument. Galileo, who held an important scientific truth, abjured it with the greatest ease when he saw his life in danger. In a sense, did well. This truth was not worth the risk of fire. Which one, the earth or the sun revolves around the other, we are profoundly indifferent. (The Myth of Sisyphus)
Despite being a teacher for so long, I had completed my internship at a state school in order to fulfill the requirements of the degree in Philosophy. On Friday, I managed to complete this step.Discipline continues until December, but the stage is now closed. Phew! It's tiring to have this additional commitment, and all I ever have.
Professor Marcia, my advisor on stage, also graduated in Philosophy from UERJ. She is a very thoughtful and very intelligent. But what caught my attention was that she was deeply impressed with a situation with which she faced that week.
Marcia was taking a test at the same university because of another course that she is doing.Arriving at the building of the university, she had come across a body lying on the ground. A young man had jumped the twelfth floor of the building. Suicide is not new in the complex UERJ.Many people have already entered the building only to jump to his death. Are very rare cases, students have their own college. People who come here are not part of the university community. Not that the students have some good reasons to skip ...
Marcia asked me: What do you think it takes a person to kill? Madness?
I replied: No. I think it's madness to commit suicide. It can be very rational to kill himself. The question of whether life is worth is very relevant. And if the answer is not worth suffering in vain, suicide may be the most logical.
She replied: Yes. Can be an excess of rationality.
Well, I went after something interesting on the subject. I thought Albert Camus, a philosopher who raised the same question, and I was surprised that my limited intelligence has reached a similar thought to it. And the question is nothing unreasonable, because according to Wikipedia, 815,000 people committed suicide in 2000 alone - one death every 40 seconds.
A book that has brought huge contribution to the field of reflection on the suicide was the book of the French sociologist Emile Durkheim. Suicide published in 1987, was a case study of a suicide, a publication unique in its time which provided an example of how a sociological monograph should look like.
All social groups of suicides in some measure. He differentiated between four types of suicide:
Emile Durkheim
Egoistic suicide
Selfishness is a state where the bonds between the individual and others in society are weak.Once the individual is only connected to society, their life will have little impact on the rest of society. In other words, there are few social ties to prevent the individual to mate. This was the cause seen by Durkheim between divorced.
Altruistic suicide
Altruism is the opposite of selfishness, where an individual is extremely attached to society, so has its own life. Individuals who commit suicide based on altruism die because they believe that his death can bring about a benefit to society. In other words, when an individual is so strongly connected to society, he will commit suicide regardless of their own hesitation to the norms of society to bring him to such.
Durkheim saw this as occurring in two different ways: where individuals are unimportant or oppressed by society and would commit suicide. He saw this happen in "primitive" societies or "old", but also very traditional regiments, as imperial guards and elite in contemporary society where individuals see the social world and would sacrifice themselves for a great ideal .Durkheim saw this happen in Eastern religions, such as Sati in Hinduism. Some contemporary sociologists have used this analysis to explain the suicide bombers and suicide bombers.
Suicide by anomie
Anomie is a state where there is a weak social regulation between the norms of society and the individual, most often brought on by dramatic changes in economic conditions and / or social.This type of suicide occurs when social norms and laws that govern society does not correspond with the goals of the individual's life. Since the individual does not identify with the norms of society, suicide seems to be a way to escape. Durkheim saw this explanation for the suicide Protestants.
Fatalistic suicide
Fatalism is the opposite state of anomie in which social regulation is fully instilled in the individual, there is hope for change against the oppressive discipline of the society. The only way the individual be released from this state is committing suicide. Durkheim saw this reason the slaves who committed suicide in antiquity, but saw little relevance in modern society.
FRANCE: Gay and bisexual men are more exposed to suicide
Monday, March 7, 2005
A study released by the French newspaper Liberation on Friday, 4 / 3, showed that gay and bisexual men are more exposed to an attempt to commit suicide than heterosexuals. The study, conducted in France between 1998 and 2003, reveals that one in three individuals who committed a suicide attempt is homosexual or bisexual. According to the survey, they also hardly protect themselves in sexual relations with unknown partners. According to Marc Shelly, public health physician at the Hospital Fernade-Vidal of Paris and an author of the study, the tendency to suicide in this sector of the population is not tied to geographical factors, socio-professional or because they live alone or with family, but the psychosocial factors, such as "homophobia that causes a poor self-esteem." According to the spokesman of the French centers of gays and lesbians (CGL), David Auerbach, "the report confirms what we live every day." "If we extrapolate the results, we consider that half of teen suicide are gay or questioning their sexual orientation," he adds. According to Auerbach, "suicide is not linked to homosexuality, but homophobia and we need to do prevention campaigns." The study, involving 933 men between 16 and 39 years, was prepared by independent French researchers under the supervision of the National Institute of Health and Medical Research (INSERM).
The body that Marcia found lying in UERJ this week is not the only one that I learned. Last fall another case caught my attention. Was the case of a boy who had an affair with another disappointment. It seems that he could not bear the end of the relationship and decided to play it. Died, of course. I wondered how the loss of someone you love may be reflected in the end for many of us, regardless of sexual orientation.
The fact that someone has not committed suicide does not mean that he is comfortable with his life. Many people do not feel at ease neither the life nor in death. As Emil Cioran: The obsession with suicide is for the person who can not live or die, and whose attention never moves away from this double impossibility.
I personally believe that living dispense any justification. I do not need post-mundane reasons, not moral or romantic, or any other order to want to live. The same thing would be death.Nothing would prevent me from wanting to die, except the fact that at the moment, I feel fine living! I can not dismiss the fact that having children also motivates me to take life a different way than it would if he had not. If you have children, could take more financial risks, for example. Being unemployed at a time and another employee would not make much difference.Living in Rio de Janeiro or put myself in the woods and eat fishing and hunting also would not make any difference. But, as I have responsibilities to them, I feel more trapped in some of my adventures in potential.
And as I like to live (most of the time !!!), try to be happy as long as I can. This happiness does not depend on extraordinary things. It sticks to things everyday and almost all the time. Now, honestly, I do not know if I insist on living if life were only pain. Therefore, never condemn those who decide to stop it when it no longer makes sense or is just suffering. I believe it is a right of every individual to choose between staying alive or dying. Moreover, only the individual's right to decide to live or die. Everything else is murder and, in my view, is illegitimate. I do not know how society, in general, can be as averse to the Swiss and looking with a certain naturalness to the electric chair, gas chamber, hanging, firing squad, war, etc..
Perhaps a good recipe to suffer less is remembered less. Have little memory for what we did or does suffer avoids resentment. And there's the other side of that coin. Listen to Nietzsche: The advantage of having bad memory is to have fun are often the same good things as if for the first time.
Live without hope and without excessive fears unfounded. This is the best recipe for personal peace!
And banana for those who resent the happiness of others!!
Tradução do português para o francês
Suicide: Une troisième cause à peine parlé de décès dans le monde - par Albert Camus
Posté le 16. Jul, 2009 par Anderson dans de graves Papo
Il n'ya qu'un seul problème philosophique vraiment sérieux: le suicide. Avida juger si oui ou non mérite d'être vécue est de répondre à la philosophie fondamentale umaquestão. Le reste, si le monde a trois dimensions, si l'esprit a neuf ou douze catégories, vient ensuite. Ce sont des jeux, vous devez d'abord répondre. Si il est vrai, quelle que soit Nietzsche, un philosophe, d'être chéri, doit prêcher par l'exemple, nous voyons l'importance de cette réponse, car il va précéder l'acte final. La preuve cœur sensible, mais nous devons creuser plus profondément pour bien faire comprendre à l'esprit. Si je me demande pourquoi je crois que cette question est plus urgente que celle-là, je réponds que ce sont les actions qu'elle entreprend. Jamais vu
Albert Camus
toute personne mourir pour l'argument ontologique. Galileo, qui tenait une vérité scientifique important, il abjuré avec la plus grande facilité quand il vit sa vie en danger. En un sens, a bien fait. Cette vérité ne valait pas le risque d'incendie. Dont l'un, la terre ou le soleil tourne autour de l'autre, nous sommes profondément indifférent. (Le Mythe de Sisyphe)
En dépit d'être un enseignant depuis si longtemps, j'avais terminé mon stage dans une école publique afin de répondre aux exigences de la licence de philosophie. Vendredi, j'ai réussi à terminer cette étape. Discipline se poursuit jusqu'à Décembre, mais le stade est maintenant fermé. Ouf! C'est fatigant d'avoir cet engagement supplémentaire, et tout ce que j'ai jamais.
Le professeur Marcia, mon conseiller sur scène, est également diplômé en philosophie de l'UERJ. Elle est très réfléchie et très intelligent. Mais ce qui a attiré mon attention, c'est qu'elle a été profondément impressionné par une situation avec laquelle elle a fait face cette semaine.
Marcia prenait un test à la même université en raison d'un cours qu'elle fait. En arrivant à la construction de l'université, elle avait rencontré un corps étendu sur le sol. Un jeune homme avait sauté au douzième étage de l'immeuble. Le suicide n'est pas nouvelle dans l'UERJ complexe. Beaucoup de gens sont déjà entrés dans le seul bâtiment pour accéder à sa mort.Sont des cas très rares, les étudiants ont leur propre collège. Les gens qui viennent ici ne font pas partie de la communauté universitaire. Non pas que les élèves ont de bonnes raisons de sauter ...
Marcia m'a demandé: Que pensez-vous qu'il faut une personne à tuer? Folie?
Je lui ai répondu: Non, je crois que c'est de la folie de se suicider. Il peut être très raisonnable de se tuer. La question de savoir si la vie vaut la peine est très pertinente. La souffrance et si la réponse ne vaut pas en vain, le suicide mai être le plus logique.
Elle répondit: Oui. Peut être un excès de rationalité.
Eh bien, je suis allé après avoir quelque chose d'intéressant sur le sujet. Je pensais que Albert Camus, un philosophe qui a soulevé la même question, et j'ai été surpris que mon intelligence limitée a atteint une pensée similaire. Et la question est rien de déraisonnable, parce que selon Wikipédia, 815.000 personnes se sont suicidées dans la seule année 2000 - un décès toutes les 40 secondes.
Un livre qui a apporté l'énorme contribution au domaine de la réflexion sur le suicide était le livre du sociologue français Emile Durkheim. Suicide publié en 1987, était une étude de cas d'un suicide, une publication unique en son temps qui a fourni un exemple de la façon dont une monographie sociologique devrait ressembler.
Tous les groupes sociaux de suicides dans une certaine mesure. Il a distingué quatre types de suicide:
Emile Durkheim
Égoïste, le suicide
L'égoïsme est un état où les liens entre l'individu et d'autres dans la société sont faibles. Une fois que l'individu est seulement connecté à la société, leur vie aura peu d'impact sur le reste de la société. En d'autres termes, il existe peu de liens sociaux pour prévenir l'individu de s'accoupler. Ce fut la cause considérée par Durkheim entre divorcés.
Altruiste, le suicide
L'altruisme est le contraire de l'égoïsme, où un individu est extrêmement attachée à la société, a ainsi sa propre vie. Les individus qui commettent le suicide basée sur l'altruisme meurent parce qu'ils pensent que sa mort peut apporter un avantage pour la société. En d'autres termes, quand un individu est si fortement lié à la société, il va se suicider, indépendamment de leur propre hésitation aux normes de la société pour l'amener à tel.
Durkheim vu cette présentes sous forme de deux manières différentes: là où les individus sont sans importance ou opprimés par la société et se suicide. Il a vu cela se produire dans les "sociétés" primitives ou "anciens", mais aussi très régiments traditionnels, comme les gardes impériaux et de l'élite dans la société contemporaine où les individus perçoivent le monde social et ne se sacrifier pour un grand idéal . Durkheim a vu cela se produire dans les religions orientales, telles que Sati dans l'hindouisme. Certains sociologues ont utilisé cette analyse pour expliquer les attentats-suicides et les attentats-suicide.
Suicide par l'anomie
L'anomie est un État où il existe une régulation sociale faible entre les normes de la société et l'individu, le plus souvent provoquée par des changements dramatiques dans des conditions économiques et / ou sociale. Ce type de suicide se produit lorsque les normes sociales et des lois qui régissent la société ne correspond pas aux buts de la vie de l'individu. Puisque l'individu ne s'identifie pas avec les normes de la société, le suicide semble être un moyen de s'évader.Durkheim voyait cette explication pour les protestants de suicide.
Le suicide fataliste
Le fatalisme est l'état opposé de l'anomie dans lequel la régulation sociale est pleinement inculqué dans l'individu, il ya un espoir de changement contre la discipline oppressive de la société. La seule façon de l'individu libéré de cet état, c'est se suicider. Durkheim voyait cette raison, les esclaves qui se sont suicidés dans l'Antiquité, mais a vu peu de pertinence dans la société moderne.
FRANCE: Les hommes gais et bisexuels sont plus exposés au suicide
Lundi, Mars 7, 2005
Une étude publiée par le journal français Libération, le vendredi 4 / 3, a montré que les hommes gais et bisexuels sont plus exposés à une tentative de suicide que les hétérosexuels. L'étude, menée en France entre 1998 et 2003, révèle qu'une personne sur trois individus qui ont commis une tentative de suicide est homosexuelle ou bisexuelle. Selon l'enquête, ils protègent aussi loin de s'imposer dans les relations sexuelles avec des partenaires inconnus. Selon Marc Shelly, médecin en santé publique à l'Hôpital Fernade-Vidal de Paris et auteur de l'étude, la tendance au suicide dans ce secteur de la population n'est pas liée à des facteurs géographiques, socio-professionnelles ou parce qu'ils vivent seuls ou en famille, mais les facteurs psychosociaux, tels que «l'homophobie qui provoque une mauvaise estime de soi."Selon le porte-parole des centres français de gays et lesbiennes (CGL), David Auerbach, «Le rapport confirme ce que nous vivons tous les jours." «Si on extrapole les résultats, nous considérons que la moitié du suicide des adolescents sont homosexuels ou s'interrogent sur leur orientation sexuelle", poursuit-il. Selon Auerbach, «le suicide n'est pas lié à l'homosexualité, mais l'homophobie et nous devons faire des campagnes de prévention."L'étude, impliquant 933 hommes entre 16 et 39 ans, a été préparé par des chercheurs français indépendants sous la supervision de l'Institut national de la Santé et la Recherche Médicale (INSERM).
L'organe qui Marcia retrouvé gisant dans UERJ cette semaine n'est pas le seul que j'ai appris.L'automne dernier, un autre cas a attiré mon attention. Ce fut le cas d'un garçon qui a eu une liaison avec une autre déception. Il semble qu'il ne pouvait pas supporter la fin de la relation et a décidé de le jouer. Est mort, bien sûr. Je me demandais comment la perte de quelqu'un que vous aimez mai se refléter à la fin pour beaucoup d'entre nous, indépendamment de son orientation sexuelle.
Le fait que quelqu'un n'a pas commis de suicide ne signifie pas qu'il est à l'aise avec sa vie.Beaucoup de gens ne se sentent pas à l'aise ni la vie ni la mort. Comme Emil Cioran: L'obsession du suicide est pour la personne qui ne peut vivre ou mourir, et dont l'attention se déplace jamais loin de cette double impossibilité.
Je crois personnellement que la vie se dispenser de toute justification. Je n'ai pas besoin de post-raisons banales, non pas morale ou romantique, ou toute autre ordonnance de vouloir vivre.La même chose serait la mort. Rien ne m'empêcherait de vouloir mourir, à l'exception du fait que pour le moment, je me sens vivante fine! Je ne peux pas rejeter le fait que les enfants ayant motive aussi me prendre la vie d'une manière différente que celle qu'il aurait s'il n'avait pas. Si vous avez des enfants, pourraient prendre plus de risques financiers, par exemple. Etre au chômage, à un moment et un autre employé ne ferait pas beaucoup de différence. Vivre à Rio de Janeiro ou de me mettre dans les bois et mange de la pêche et la chasse aussi ne ferait aucune différence. Mais, comme j'ai des responsabilités envers eux, je me sens plus pris au piège dans certains de mes aventures en potentiel.
Et comme j'aime à vivre (la plupart du temps !!!), essayer d'être heureux aussi longtemps que je le peux. Ce bonheur ne dépend pas des choses extraordinaires. Elle colle aux choses de tous les jours et presque tout le temps. Maintenant, honnêtement, je ne sais pas si j'insiste sur la vie si la vie n'était que de la douleur. Par conséquent, condamner jamais ceux qui décident de l'arrêter quand il n'a plus de sens, ou est atteint juste. Je crois que c'est un droit de chaque individu de choisir entre rester en vie ou mort. En outre, seul droit de l'individu de décider de vivre ou de mourir. Tout le reste est assassiner et, à mon avis, est illégitime. Je ne sais pas comment la société, en général, peut être aussi opposé aux Suisses et aux soins avec un naturel certain à la chaise électrique, chambre à gaz, pendaison, peloton d'exécution, guerre, etc.
Peut-être une bonne recette à souffrir moins on se souvient moins. Ont peu de mémoire pour ce que nous avons fait ou ne souffre d'éviter le ressentiment. Et il ya l'autre côté de la médaille.Écoutez Nietzsche: L'avantage d'avoir une mauvaise mémoire RAM est de s'amuser sont souvent les mêmes choses bonnes que si, pour la première fois.
Craintes vivre sans espoir et sans excès non fondé. C'est la meilleure recette pour la paix!
Et de la banane pour ceux qui ressentent le bonheur des autres!
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