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sexta-feira, 16 de abril de 2010

Vaticano e pedofilia. Homossexuais protestam contra o cardeal-chefe da tropa de choque de Ratzinger


1. Em visita ao Chile, o secretário do Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, fez uma afirmação que colocou em pé de guerra todos os homossexuais do planeta.

Para Bertone, “numerosos psiquiatras e psicólogos demonstraram que não há correlação entre celibato e pedofilia, mas, muitos outros, e o que vou dizer me foi confirmado recentemente, mostraram que existe um vínculo a ligar homossexualismo e pedofilia”.

A equação de Bertone, homossexualismo-pedofilia, não se sustenta e ofende profundamente a comunidade de homossexuais.

Na Europa, a Arcigay, maior organização que reúne homossexuais, soltou uma nota, na medida do insulto: “O colocado por Bertone é falso, ignóbil, anticientífico e irresponsável. Foi uma afirmação desonesta a atingir a vida e a dignidade de milhões de pessoas, gays e lésbicas, e a confirmar o cinismo, a falta de escrúpulos e a crueldade das hierarquias vaticanas que, por anos, acobertaram crimes sexuais perpetrados por expoentes da Igreja contra a vida de milhares de meninos e meninas inocentes”.

Vale acrescentar que Bertone contrariou até o entendimento do papa Ratzinger. Quando da visita feita aos EUA, em 2008, Ratzinger soltou a seguinte frase: “Não quero falar de homossexualidade mas de pedofilia, que é uma outra e diversa coisa”.

2. O cardeal Bertone era o segundo na hierarquia da Congregação para a Doutrina da Fé (antigo Santo Ofício), quando dirigida pelo então cardeal Joseph Ratzinger, hoje papa Bento XVI.
Bertone foi diretamente acusado de acobertar o caso do padre pedófilo Lawrence Murphy.

O padre Murphy, pedófilo confesso, abusou sexualmente de 200 crianças da John’s Schol do estado americano de Wisconsin, de 1954 a 1974.

Segundo o jornal The New York Times, o bispo de Milwaukee (EUA), Rembert Weakland, enviou, oficialmente, duas cartas-denúncia a Ratzinger, quando este presidia o ex-Santo Ofício.

A matéria jornalística está documentada. Os documentos foram fornecidos pelos advogados Jeff Anderson e Mike Finnegan. São advogados de cinco vítimas de Murphy e conhecidos por fazer parte de um seleto grupo especializado, nos EUA, em propor ações milionárias na Justiça norte-americana.

As cartas com denúncias contra Murphy foram enviadas a Ratzinger em 1996. Nenhuma foi respondida.

Passados oito meses, o bispo Weakland recebeu resposta às duas missivas enviadas. E não foi fornecida diretamente por Ratzinger, mas por Tarcisio Bertone, o segundo homem da hierarquia do ex-Santo Ofício.

Num primeiro momento, o cardeal Bertone ordenou a instauração de um processo secreto para a destituição do padre Murphy. Mas, um ano depois, mudou de idéia. Disse que o padre Murphy estava mal de saúde, que enviara uma carta de arrependimento a Ratzinger e os fatos tinham ocorrido há mais de 30 anos. Finalizou com a recomendação de adoção de medidas pastorais, ou seja, nada de processo disciplinar. Apenas advertências para conduzi-lo ao arrependimento e restrições territoriais para celebração da eucaristia.

Preocupado, o arcebispo de Weakland voltou a escrever a Bertone. Comunicou que Murphy jamais havia revelado remorsos por seus atos. Portanto, era um pedófilo assumido.

Bertone, apesar do alerta, mostrou-se irredutível e concluiu pela inexistência de elementos para iniciar um processo.

3. Quando da Páscoa e durante a celebração pública, coube ao cardeal Angelo Sodano, decano do colégio cardinalício e ex-secretário de Estado do Vaticano, hipotecar solidariedade ao papa Ratzinger.

Para Sodano os ataques contra o papa Bento XVI e de ter, no passado, acobertado casos de pedofilia na Igreja, eram simples “fuxicos”.

Hoje, o cardeal Sodano é acusado, em artigos publicados pela mídia, de ter protegido Marcial Maciel Degollado, fundador da ordem dos Legionários de Cristo, envolvido em dezenas de casos de abusos sexuais contra menores.
PANO RÁPIDO. Na visita que em breve fará a Malta, o papa Ratzinger, segundo os estrategistas trapalhões da Santa Sé, deverá se encontrar com algumas vítimas de clérigos pedófilos.

Em Malta, por um velho acordo, as autoridades laicas não podem apurar ilícitos perpetrados por membros da Igreja.

Na capital Valletta, o assunto do dia não é a visita do papa Ratzinger, mas o caso Scerri, apelidado de “Monstro”. Ele matou com crueldade um homossexual que o tocou.

O Monstro sustenta, desde a consumação do homicídio, que fica fora de si diante de um homossexual. E o motivo deve-se ao fato de ter sido, quando criança, vítima de abusos perpetrados por padres, no orfanato Santa Venera, em Malta.

Wálter Fanganiello Maierovitch

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