MACEIÓ - A Polícia Civil concluiu na última terça-feira o inquérito sobre escândalos sexuais envolvendo religiosos e coroinhas em Arapiraca, no interior de Alagoas. Os padres Luiz Marques Barbosa, Edílson Duarte e Raimundo Gomes foram indiciados pelo crime de exploração sexual de adolescente, cuja pena varia de 4 a 10 anos de prisão para cada uma das vítimas.
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Além dessa acusação, Barbosa, de 83 anos, também foi indiciado por oferecer bebida alcoólica a menores durante supostos encontros em uma casa mantida pelo religioso, segundo uma das vítimas. Já Duarte, segundo as delegadas Maria Angelita e Bárbara Arrais, que participaram da investigação, também vai responder por ameaça. Segundo a Polícia Civil, o inquérito já foi entregue ao Ministério Público.
Os monsenhores Luiz Marques, Edílson Duarte e Raimundo Gomes foram afastados das atividades religiosas pelo bispo Dom Valério Brêda depois do escândalo sexual. Um vídeo que mostra imagens do monsenhor Luiz Marques Barbosa mantendo relações sexuais com um jovem identificado como Fabiano Ferreira, foi divulgado em um programa de TV do SBT.
As imagens mostram padres durante atos sexuais. O monsenhor Luís Marques aparece sem roupas com Fabiano na cama. Três ex-coroinhas Fabiano, Flávio e Anderson foram entrevistados no programa, além de um menino de 11 anos, denunciaram o assédio feito pelo monsenhor Raimundo nas dependências da igreja.
O monsenhor Luiz foi preso após depoimento à cpi da pedofilia, mas a Justiça permitiu que ele fique em prisão domiciliar por causa da idade avançada. O advogado do padre entrou com pedido de habeas corpus para revogação da prisão. Os outros dois sacerdotes estão proibidos de deixar a cidade de Arapiraca.
Em relação ao processo canônico administrativo aberto pela Diocese de Penedo, motivado pelas mesmas denúncias, o padre Edilson Duarte deverá ser ouvido na próxima semana. Como ele foi o único a confessar o crime, o andamento do processo deverá ser agilizado. Caso seja condenado pela Igreja, o padre poderá ser demitido do estado clerical. Já os dois outros religiosos devem ser ouvidos no mesmo processo apenas no fim de maio.
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